segunda-feira, 21 de março de 2016

[Actualidade - Economia]15 MIL CAMIÕES PODEM PARAR O PAÍS ESTA 4ª FEIRA



São mais de 2.000 empresas de transportes de mercadorias, com cerca de 15 mil camiões, que podem fazer o país parar esta 4ª feira com uma marcha lenta contra o aumento do imposto sobre os combustíveis


Os transportadores rodoviários de mercadorias prometem endurecer o tom do protesto, com uma marcha lenta já programada para a próxima 4ª feira que irá ser realizada em todo o território nacional. Prometem colocar mais de 15 mil camiões de transporte de mercadorias das empresas associadas da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) a rolar de forma lentas nas estradas do país.

As causas do protesto é o aumento do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) em seis cêntimos por litro de gasóleo e de gasolina, que entrou em vigor no passado mês de fevereiro. As empresas de transporte de mercadorias salientam que com o aumento que houve nos combustíveis o mesmo “compromete a competitividade do setor e, consequentemente, a sobrevivência das empresas e a manutenção dos postos de trabalho”.

Depois de falhadas as tentativas de negociação com o Governo para a devolução do agravamento às empresas através do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, para minimizar o impacto do aumento do ISP, a ANTAM terá nova reunião agendada com o ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, para o próximo dia 30 de março.

A ANTRAM em comunicado enviado às redações dos jornais, antecipa que a justificação do Governo para a medida se mantenha – compensar a queda do preço do petróleo nas contas públicas: “Acontece que esta baixa se reflete em todos os países e, se em Portugal a carga fiscal for superior, as empresas portuguesas deste setor necessitam de um custo de produção superior aos demais concorrentes europeus”.

O Governo nos encontros que promoveu propôs uma majoração do custo com o combustível em 20% em sede de IRC, o que a associação rejeitou por considerar que “não permite atingir o valor que as empresas terão que suportar com o aumento do ISP”.

As associações querem que o preço dos combustíveis, que representar 35% dos custos das empresas do setor, seja equiparado ao praticado em Espanha.

Artigo publicado em parceria com Diário do Distrito

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