segunda-feira, 4 de julho de 2016

[Período de Descontos] Diário do Europeu - Quartos-de-Final


Texto: Pedro Ferreira de Carvalho

Nova Gazeta e Diário do Distrito

Foto: Arquivo Nova Gazeta - D.R.


Polónia 1 – 1 Portugal (3 – 5 após grandes penalidades)
De empate em empate… rumo a Paris (via Lyon)

Portugal já nos habituou desde o início desta competição a jogos com o resultado nivelado, recheados de muito sofrimento, tensão e, até agora, sem qualquer desilusão. A Polónia vinha de uma vitória arrancada a ferros diante da Suíça, onde as grandes penalidades acabaram por penalizar a formação helvética que até fez mais na globalidade para merecer passar. Mas no que toca a merecer, nem vou falar muito, pois alguns amigos franceses andam um pouco irritados com a caminhada de Portugal (como se as vitórias gaulesas em anteriores competições tivessem sido imaculadas).

A Polónia colocou-se em vantagem bem cedo, por intermédio de Lewandowski, logo aos 2 minutos, a aproveitar uma desatenção da defensiva lusa. Serviu de aviso, para o resto da partida. Portugal foi uma vez mais em busca do prejuízo e, à passagem da meia hora de jogo, Renato Sanches, após tabela brilhante com Nani, fez o gosto ao pé esquerdo, não dando quaisquer hipóteses a Fabianski.

A segunda parte foi de bastante contenção de parte a parte, com o decorrer da partida a ditar o desgaste natural das equipas. O prolongamento pouco mais deu, do que cansaço adicional aos jogadores. Tudo para decidir nas grandes penalidades.

O sorteio ditou que seria Portugal o primeiro a marcar, com Ronaldo a assumir a liderança do grupo, a mostrar qual o caminho. A seguir ao golo convertido pelo capitão, seguiram-lhe as pisadas Renato Sanches, João Moutinho e Nani. Até então, todos marcaram, até que Kuba não conseguiu converter a quarta penalidade, com Rui Patrício a afastar com a mão esquerda a bola do caminho das suas redes. Festejaram os portugueses este falhanço como se de um golo se tratasse. Toda a crença dos milhões de portugueses ficaram depositadas na ponta da bota de Ricardo Quaresma. O cigano, uma vez mais, a assumir um papel decisivo, e uma vez mais a garantir a qualificação de Portugal para a ronda seguinte.
As meias-finais em Lyon, perante o País de Gales, são o próximo desafio.

País de Gales 3 – 1 Bélgica
Galeses retiram candidatura Belga à final

Portugal assistiu no sofá a este encontro que decidiria o seu adversário nas meias-finais. Muitos esperariam que a Bélgica passasse com mais ou menos dificuldade esta surpresa Galesa, mas não só Fernando Santos acreditava que o resultado podia ser bem diferente.

Ao passar do minuto 13, sorte para Nainggolan, que colocava a Bélgica em vantagem. Via aberta, pensaria a maioria, mas o capitão galês, Ashley Williams a empatar a partida à passagem da meia hora. Na segunda parte, o País de Gales continuou a mostrar o porquê de estar em prova e marcou por mais duas vezes, com Robson-Kanu e Vokes a fazerem o resultado final. Leva já 10 golos esta selecção.

Espera-se um embate bastante interessante entre Bale e Ronaldo, na próxima quarta-feira, em Lyon.

Alemanha 1 – 1 Itália (6 – 5 após grandes penalidades)
Segunda final antecipada… e no fim ganharam os Alemães

A primeira parte foi bastante equilibrada, com as defesas a conseguirem suplantar os ataques adversários. Um nulo ao intervalo era o resultado certo. Na segunda parte, a Alemanha entrou mais pressionante, e sem surpresa conseguiu adiantar-se no marcador por Özil, após jogada bem trabalhada por Gomez e Hector no corredor esquerdo.

Parecia que a Itália não iria conseguir equilibrar as coisas até que Boateng comete uma falta infantil dentro da sua grande área, ao saltar de braços bem abertos a uma bola que até nem parecia das mais difíceis de cortar. Bonucci encarregou-se de levar a partida para o prolongamento. Os 30 minutos adicionais pouco ou nada adiantaram, com a decisão a ter de ser feita pelas grandes penalidades,

e Cedo os alemães adiantaram-se no marcador, através de remate de Boateng. Perto do intervalo, Mario Gomez elevou a contagem, para já a meio do segundo tempo Julian Draxler confirmar o terceiro golo para a turma de Löw.

18 grandes penalidades foram necessárias para desempatar este duelo. Por 3 vezes, ambas as equipas falharam as conversões, mas foi o falhanço de Darmian, na 17ª penalidade que deixou tudo em aberto para Hector decidir. E assim foi. Os germânicos passam às meias-finais onde vão defrontar os anfitriões do torneiro.

França 5 – 2 Islândia
Um sonho que chega ao fim…

Islandeses merecem o título de revelação da prova. A par dos galeses, protagonizaram uma página histórica no futebol dos seus países. A Islândia, mercê da sua condição de outsider no chamado grupo dos tubarões, ainda conseguiu somar pontos, ao afastar a favorita Inglaterra.

Mas perante uma França sedenta de não querer passar por qualquer tipo de surpresas, a Islãndia não conseguiu evitar que os gauleses concretizassem 4 dos 7 remates à baliza durante o primeiro tempo.
A segunda parte nada mais trouxe do que um resultado parcial de 2-1 a favor dos islandeses. Esta surpresa já vinha tarde demais. Olivier Giroud acabou por ser o homem mais concretizador do encontro.

Nova final antecipada marcada para a próxima quinta-feira, para o Parque do Príncipes, entre a Alemanha e a França.

Meias-finais:

06.07.2016 (20:00) – Portugal – País de Gales
07.07.2016 (20:00) – Alemanha – França

Melhores marcadores:

1º Antoine Griezmann (França) – 4 golos
2º Álvaro Morata (Espanha) – 3 golos
3º Olivier Giroud (França) – 3 golos

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